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Que triunfo?

  • Alexandra Gutu
  • 10 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura

Perder a chama, que pesadelo! Só quero ser livre, buscar a imensidão das coisas no pensamento e escrever! Poder guardar nas palavras o impossível de conter. Mas a vida apaga esta chama. É como se eu me afogasse no meio de um vasto oceano. Pensar na imensidão do universo, de tudo ser um pouco, de pouco ser um tudo. Seremos nós como um grão de areia neste imenso universo? Que nos importa? As manias do ser humano de quantificar as coisas quando estas apenas pretendem existir por si só – aliás, que saberei eu sobre o que as coisas desejam – manias do ser humano!

Procuramos significado nesta nossa existência. Pergunto porquê? Para que fim? Existimos e o resto não tem importância. Não nos enclausuremos em sistemas fechados de significado, apenas vivamos. Seguimos mentiras, vivemos na ilusão. Moral? Como dizia Álvaro de Campos: “Não me falem em moral!”. Querem-nos presos a sistemas inúteis e sufocantes. Querem-nos rotineiros, tolos, banais, controláveis! Como máquinas!

Olhemo-nos menos ao espelho – paranóicos. Que necessidade incessante de confirmar a nossa existência através destes espelhos insuportáveis. Não é preciso – não somos especiais. Acreditamo-nos tão grandes… Loucura!

Homem, o criador, pois, bem – eu chamo-o de o Terminador. Terminador de si próprio e de tudo o que é belo e natural. E mais! O Exterminador. Autoproclamou-se grandioso rei de todas as espécies - o animal “civilizado”. Onde está essa civilização? Somos todos apenas bárbaros, essa palavra inventada para designar todos menos a si próprio, para apontar o dedo ao outro.

E o que pretendi eu com estas palavras? Não sei, elas apenas existem, pensem delas o que quiserem!


Edição: Ricardo Cerdeira

 
 
 

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