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Poema de Ano Novo

  • Clara Raposo
  • 13 de abr. de 2024
  • 1 min de leitura

Detesto o corte 

Do tempo; 

Os números 

Explosivos no ecrã; 

Os risos que se cravam. 


E os gritos; 

Os gritos que calam 

O meu desespero. 


Num silêncio 

Solto um gemido ruidoso. 

Mais um ano em cirurgia rebenta 

Da árvore, 

Daquele que a sua própria prole devora. 


E as flores 

Do jardim de Pandora 

Murcham 

Na ânfora do meu coração. 

«Talvez este ano…» 

Mas não saem as palavras; só o sopro 

Que deixa em repouso 

O meu gélido corpo. 


Edição: Mariana Faísca


 
 
 

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