Hoje eu pensei na Morte
e agora volto a pensar
enquanto as senhoras se divertem
e brincam entre si.
A Morte é escrita em roxo,
não de maneira desejável,
mas como uma possibilidade,
um doce acaso de uma oportunidade.
Hoje faz calor, mas não há sol,
o Inferno deve ser parecido.
Ao redor das labaredas invisíveis,
esquentam-se as mãos frias,
o fogo dos pensamentos intrusivos.
Qual seria o limite?
Qual seria a forma de se livrar?
Só a concretitude da despedida,
os vagões da saudade estão cheios
e o comboio partiu.
Ainda estou no cais da estação, parado.
Espero o próximo ou volto para casa.
Amanhã será outro dia,
mesmo que seja igual hoje.
Editado por Inês Cândido
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