estava a andar na rua
e senti o cheiro do teu perfume.
e foi aí que a minha mente mergulhou
naquele dia em que estávamos deitados num jardim
a trocar beijinhos e caretas enquanto um céu de mil cores se abatia sobre nós.
pus os meus lábios no teu pescoço
e subi lentamente
para me encontrar com os teus lábios.
e foi aí que tive de pedir permissão
ao meu débil coração
para ele te deixava entrar.
quando puseste a tua mão no meu pescoço
e inclinaste a cabeça para me beijar,
percebi que não tinhas de pedir permissão ao meu coração para entrares.
tu já tinhas entrado e desenhado todo o teu corpo a lápis
na folha branca que é a minha mente.
Editado por Ricardo Cerdeira
Comments